![Nem a gravidade do bronze, Nem a densidade do mármore ou do alabastro Tem um sentido para essas criaturas intangíveis.](occulti/angels-2/bronze_vert.jpg)
Nem a gravidade do bronze,
Nem a densidade do mármore ou do alabastro
Tem um sentido para essas criaturas intangíveis.
![Issos são só umas conchas vazias, Umas carapaças efémeras, Projeção do ideal deles Numa matéria para nós mais acessível, Tradução da natureza etérea deles Para os nossos sentidos rudes.](occulti/angels-2/bronze_rouille.jpg)
Issos são só umas conchas vazias,
Umas carapaças efémeras,
Projeção do ideal deles
Numa matéria para nós mais acessível,
Tradução da natureza etérea deles
Para os nossos sentidos rudes.
![E se as intempéries erodam-nos, Se as asas deles caiam, Cansadas de não terem levantado voo, Se os olhares deles murchem-se da nossa indiferença, Conformam-se, Fora de alcance desta decrepitude demasiado material.](occulti/angels-2/erode.jpg)
E se as intempéries erodam-nos,
Se as asas deles caiam,
Cansadas de não terem levantado voo,
Se os olhares deles murchem-se da nossa indiferença,
Conformam-se,
Fora de alcance desta decrepitude demasiado material.
![Porque neles permanece sempre a força De proteger-nos e de abençoar-nos, Como uma necessidade intrínseca Tão pouco paga em compensação.](occulti/angels-2/benediction.jpg)
Porque neles permanece sempre a força
De proteger-nos e de abençoar-nos,
Como uma necessidade intrínseca
Tão pouco paga em compensação.
![Os olhos deles interrogam-nos e perguntam-nos Olhares apaziguadores, desviados ou francos Não julgam, nem avaliam São apenas abertos sobre nos Com paciência e resignação Come se nada tivesse nenhuma importância.](occulti/angels-2/regard_rouille.jpg)
Os olhos deles interrogam-nos e perguntam-nos
Olhares apaziguadores, desviados ou francos
Não julgam, nem avaliam
São apenas abertos sobre nos
Com paciência e resignação
Come se nada tivesse nenhuma importância.
![E fazê-los soprar numas trompas inexistentes Ilude-nos de importância, Embora sejamos bem incapazes De ouvir a música celeste deles.](occulti/angels-2/trompe_portrait.jpg)
E fazê-los soprar numas trompas inexistentes
Ilude-nos de importância,
Embora sejamos bem incapazes
De ouvir a música celeste deles.
![Mas não têm rigor disso, Porque bebem no cálice do Tempo E sabem bem que nós tornaremos só pó, Enquanto flutuaram mais e sempre Além da nossa compreensão humana.](occulti/angels-2/sablier.jpg)
Mas não têm rigor disso,
Porque bebem no cálice do Tempo
E sabem bem que nós tornaremos só pó,
Enquanto flutuaram mais e sempre
Além da nossa compreensão humana.
Lugar: Montreal (Canadá)
Anos: 2003-2004